Genealogia e Horizontes

Como disse anteriormente, as fontes de pesquisa em genealogia são amplas e diversas. Comecei a falar sobre a importância, atualmente, do registro de nascimento para fins de busca genealógica. Não por acaso, em processos de reconhecimento de cidadania, o principal instrumento a ser usado para provar filiação entre o requerente e os seus antepassados será o registro de nascimento. Mas as perguntas que deixei em tal postagem foram: todas as fontes são gratuitas? quais são acessíveis? como acessá-las? a qual período histórico correspondem? Se no Brasil República ocorre a hegemonia do Registro Civil e, nele, os registros de nascimento, como era realizado o conhecimento da filiação no Brasil Império e no Brasil Colônia? Durante o Brasil Império não havia registro civil? Sim, no final do Império já existia registro civil, mas eram poucas as unidades e, ainda, não acessível a todos. Além disso, era bastante caro o pagamento do registro. A título de exemplo, trarei, posteriormente, a

Matriz de Santo Antônio do Ouro Branco Filiais:  Cappella Nossa Senhora da Conceição da Passagem   Livro de Batismos 1728, Mar-1774, Nov   (Fonte de consulta: Acervo do Family Search) Fonte: Family Search Este livro é uma das pérolas da pesquisa genealógica. Para nossa felicidade foi digitalizado pelo portal family search , já citado aqui como ampla fonte de pesquisa e sistema de inserção de dados para compartilhamento. Embora tenha sido digitalizado, ainda não foi digitado, serviço também que os mórmons costumam disponibilizar já em muitos outros livros. É difícil ter tempo para ler e buscar entender essas letras de 200 ou 300 anos atrás. Por essa razão iniciarei um trabalho, junto às pesquisas que já empreendo e o trabalho de extensão que terá andamento a partir de 2020, no sentido de tornar tais fontes e seus registros cada vez mais acessíveis, democratizando seu acesso e uso no limite do possível. Citarei aqui alguns registros específico deste livro. Não cons

Geralmente, as pessoas acreditam que não existam fontes públicas abertas disponíveis para busca por informações genealógicas. Será que isso é verdade? Podemos dizer que apenas parcialmente. Primeiro deve-se perguntar não o tipo de fonte que se busca, mas qual o período histórico da busca. Acaso seja relativo ao Brasil Império, tal assertiva não se aplica. Na maioria dos casos os jornais davam conta de informações que, inclusive, hoje nós acreditamos serem sigilosas e sob as quais não pode se dar publicidade portanto. Até ofícios administrativos eram publicados nos jornais de circulação, independentemente do conteúdo. Apesar de serem registros mais antigos eles se encontram disponíveis em museus, arquivos públicos e associações. Lógico, os que foram devidamente cuidados e preservados. Então se você acredita que cultura e acervos desta natureza são bobagem e gasta-se muito dinheiro com eles, veja bem, para além do interesse público de preservação da memória também está o acesso a info

A necessidade de escrever um blog surgiu a partir do interesse em divulgar o resultados de pesquisas em genealogia e retribuir a ajuda de vários genealogistas. Atualmente, pesquiso a trajetória de várias famílias no território mineiro, tendo acumulado algum conhecimento a respeito delas, mas também sofrido com várias lacunas ainda não preenchidas. Democratizar o acesso a tais dados e fontes de pesquisa auxilia no desenvolvimento do meu trabalho, ao mesmo tempo em que estimula e facilita o trabalho de vários pesquisadores que, como eu, garimpam documentos históricos na busca por informações de seus antepassados. Creio que o principal problema enfrentado para a realização da pesquisa documental diz respeito à identificação das fontes a serem pesquisadas e o local em que podem ser acessadas. Disponibilizar tais fontes na rede facilita o trabalho de vários outros pesquisadores, amplia as pistas a serem seguidas e as expectativas quanto à registros. O segundo problema diz respei